segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Abate de árvores

A directora da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente no Huambo, Maria de La Sallete, e participantes ao décimo segundo encontro provincial das comunidades, no Cuima, manifestaram-se, recentemente, preocupados com o abate indiscriminado de árvores para a produção de carvão.


Referiu que este facto está a contribuir, em grande medida, para as alterações climáticas. Durante o encontro, promovido pela Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), os participantes discutiram as estratégias que visam combater a desflorestação na região.Maria de La Sallete disse que a sua instituição tem como missão contribuir para a construção de um desenvolvimento democrático, sustentável, social e ambiental justo para Angola, através do fortalecimento da capacidade dos mais desfavorecidos e das organizações da sociedade civil.

O propósito, referiu, é que as organizações da sociedade civil se tornem actores do seu próprio processo de desenvolvimento e sejam capazes de influenciar as políticas públicas, sem descurar a responsabilidade do mais amplo processo de mudança.

Os temas relacionados com o cooperativismo e comercialização, análise do processo de crédito, o processo de ensino e aprendizagem no meio rural, seus constrangimentos e desafios à luz da reforma educativa, a descentralização e formas de participação local e a terra dominaram o encontro.

Os referidos temas reflectiram o conjunto de situações abordadas ao longo da intervenção de projectos implementados pela ADRA, durante o ano em curso, e os debates incidiram sobre os principais sucessos e insucessos constatados.

O encontro reflectiu sobre dificuldades constatadas ao longo do ano, concretamente na redução da fertilidade dos solos, acesso aos materiais agrícolas, a subida vertiginosa dos preços dos fertilizantes, a falta de identificação de mercados mais favoráveis e a comercialização dos produtos agrícolas.

O evento, que aconteceu na comuna do Cuima, no município da Caála, contou com a participação de representantes de cooperativas agrícolas, associações de camponeses, do Instituto de Desenvolvimento Florestal, das administrações municipais da Caála e do Bailundo, e comunais do Cuima, Kalenga, Lepi e Luvemba, organizações da sociedade civil, entidades tradicionais, bem como do director geral da ADRA, Sérgio Calundungo.
A actividade visou, fundamentalmente, facilitar a participação dos grupos de referência no balanço e planificação das acções desenvolvidas e foi uma oportunidade para as comunidades manifestarem as suas opiniões sobre o trabalho desenvolvido, em conjunto, em pleno exercício de cidadania.

A ADRA realiza, anualmente, encontros nas áreas nas quais desenvolve os seus projectos.

Fonte: Jornal de Angola


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