quinta-feira, 23 de abril de 2009

Contestação em poesia

De vez enquando me apetece dar à 'estampa' aquilo que me enviam pelo e-mail. Não é por concordar ou discordar que as coisas não devem chegar à luz do dia. Existem e como tal há que lhe dar o valor que têm. Podem valer zero, como podem valer mil. Mas valem e isso é que importa.
Um anónimo me mandou um mail com um desafio...
... aqui cabe tudo, desde que não ultrapasse a honestidade.
Ao que sei,  este poema é do Rui Barbosa, brasileiro contestatário,  e não de um angolano descontente. Não vou por este... e pode ser que não me engane...

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,

da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão
……………………..
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'."
“Rui Barbosa”


Pensar e Falar Angola

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