segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Escola de Samba TOM MAIOR - S. Paulo, Brasil

Além de homenagear a influência da cultura africana nos hábitos dos brasileiros, a escola de samba Tom Maior pretende ultrapassar a crise económica e surpreender com uma homenagem ao sambista Martinho da Vila. A escola será a quarta a desfilar em São Paulo, em 20 de Fevereiro, e promete agitar a avenida com a história da reconstrução de Angola.


Veja fotos dos preparativos da escola

Enfrentamos grandes dificuldades com a crise em 2008 e acabamos inclusive perdendo nossa quadra em Pinheiros, já que o terreno foi vendido para a construção de um complexo de prédios. Estamos provisoriamente na Barra Funda, mas já sabemos que teremos que sair. Apesar desses problemas, estamos preparando um carnaval maravilhoso”, diz o presidente da escola, Marko Antonio da Silva, eleito aos 17 anos e está no cargo há 24 anos.


Nathália Duarte

Para contar a história da reconstrução de Angola, desde a guerra civil e a luta pela independência do país, Marco Aurélio Ruffinn, o carnavalesco, no seu 16º Carnaval pela escola, vai apresentar 24 alas e cinco carros alegóricos para abrigar os 3,8 mil componentes da escola. “Vamos levar ao público uma nova Angola, um país livre e sua reconstrução física, econômica, cultural e espiritual, que é o que está acontecendo lá agora. Nosso objetivo é homenagear e enaltecer a história de um país que influenciou fortemente nossos hábitos e a cultura brasileira”, diz Ruffinn.


O enredo foi ideia do próprio carnavalesco, em parceria com o sambista Martinho da Vila, que também será homenageado e desfilará pela escola ao lado de sua família. “Martinho tem uma ligação muito forte com a escola. O nome da escola foi inspirado em uma música dele. Além disso, Martinho sempre se dedicou muito a divulgar a cultura angolana, então achamos que esse enredo completa e homenageia a tríade Tom Maior, Martinho da Vila e Angola”, afirma.

Nathália Duarte

Além de Martinho da Vila, a Tom Maior vai desfilar com outros destaques como Frank Aguiar, Luiza Ambiel, Aílton Graça e Tânia Oliveira. Como madrinha de bateria, a escola terá a dançarina Adriana Bombom.

Ainda na bateria, uma surpresa: a rainha de bateria Andreia Gomes deve desfilar grávida de oito meses. À frente da bateria, o piloto de Stock Car Carlos Alves, conhecido como Mestre Carlão, vai comandar 262 ritmistas na avenida.

Sem dar detalhes, Ruffinn adianta que a maior novidade da Tom Maior na avenida será a simulação de uma guerra em pleno sambódromo.



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