Em cerca de 20 minutos, em que abordou vários aspectos do país, João Lourenço fez referência às primeiras eleições autárquicas de Angola, previstas para 2020 e cujo processo de organização está em curso.
O pacote legislativo autárquico, depois de ter sido submetido à consulta popular, estará agora à disposição os deputados à Assembleia Nacional para análise, debate, votação e aprovação.
Prevê-se a realização em apenas alguns dos 164 municípios de Angola, em número a definir, por entendimento do parlamento.
Sobre esta proposta do Governo, os partidos da oposição e alguns sectores da sociedade civil, entre os quais a igreja católica, já manifestaram posição contrária, defendendo a sua implementação em simultâneo.
João Lourenço comentou "que contrariamente aos receios levantados com relação a um eventual estímulo às assimetrias regionais, este perigo não se coloca, porquanto, haverá eleições autárquicas em todas as províncias do país, simplesmente em alguns municípios de cada província, até que num período não superior a dez anos da realização das primeiras, se cubram os 164 municípios com o poder autárquico".
João Lourenço lembrou que se trata de um processo novo para todos e por isso têm a obrigação de procurar conhecer todo o processo autárquico, estudando-o, trocando experiências com aqueles países onde este tipo de poder está implantado há anos e funciona normalmente, e com vantagens para as populações que habitam os respectivos municípios.
Aos membros do partido, João Lourenço exortou que se preparem convenientemente para estas eleições autárquicas, planificando todas as acções a realizar, por forma a evitar improvisos e trabalho sobre a pressão do tempo.
"Quando chegar o momento, o processo de selecção e de formação dos candidatos a presidentes de câmara, deve obedecer a critérios objectivos de competência, idoneidade, compromisso com o trabalho, aceitação junto dos cidadãos do município, entre outros", frisou.