11 DE NOVEMBRO – INDEPENDÊNCIA NACIONAL
A noite estava quente há 38 anos, como hoje. Luanda estava mudada, se africanizando. Eu tinha 30 anos. A Esperança e eu chegámos a pé, como toda a gente, ao enorme largo terraplenado. Uma mole humana, cúmplice, conhecidos ou desconhecidos todos éramos «camaradas». Se tínhamos chegado a esse momento mágico então nada nem ninguém nos podia travar. Ficámos num local de onde se via a tribuna. Depois foi o espectáculo que nos fez tremer de emoção, o discurso de Agostinho Neto, o içar da bandeira… No fim, a alegria transformou-se em balas tracejantes que se cruzavam no ar como pirilampos nervosos. Nascia a Angola Independente.
Pensar e Falar Angola
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