Angola participará pela sétima vez, das quais quatro consecutivas, numa fase final do Campeonato Africano das Nações de futebol, desta feita, em Janeiro na África do Sul, 32 anos depois da primeira tentativa, informa a Angop.
A corrida para a participação no evento continental iniciou-se em 1980, tendo logrado o objectivo apenas 16 anos depois com a qualificação ao CAN1996, curiosamente nesta mesma África do Sul de 2013, após jejum das edições da Líbia 1982, Côte d'Ivoire1984, Egipto1986, Marrocos1988, Argélia1990, Senegal1992 e Tunísia (1994).
Na estreia na África do Sul em 1996, Angola foi liderada pelo malogrado luso-cabo-verdiano Carlos Alhinho. Os Palancas Negras estiveram enquadrados no grupo A com Egipto, Camarões e os anfitriões. Foi eliminada na primeira fase com derrota diante do Egipto (1-2), África do Sul (0-1) e empate com Camarões (3-3).
Na segunda presença, Burkina Faso1998, o combinado nacional foi treinado pelo português Manuel Gomes “Necas”, mas outra vez ficou na fase inicial. Empates (3-3) diante da África do Sul na jornada inaugural e frente à RD Congo (0-0) e derrota (2-5) diante da Côte d'Ivoire.
Após fracasso no Burkina Faso, Angola não disputou as edições do Mali em 2000, Ghana/Nigéria (2002) e Tunísia (2004). Na terceira presença em 2006 no Egipto, marcando também o regresso à maior montra do futebol africano, augurava-se melhor. Nas qualificativas combinadas para o CAN e Mundial da Alemanha, sob liderança do angolano Oliveira Gonçalves, Angola deixou para trás a Nigéria, mas já na competição a actuação não foi das melhores.
No Ghana2008, na quarta presença, também sob orientação de Oliveira Gonçalves, foi a vez de Angola mostrar ao mundo o seu futebol ainda em crescimento. Concentrados na cidade de Tamale, os Palancas Negras surpreenderam o mundo e não só com o apuramento inédito aos quartos–de–final, numa participação marcada com vitória de 3-1 sobre o então poderoso Senegal, depois de empate na primeira jornada com a África do Sul (1-1).
Angola viria a empatar depois com a Tunísia (0-0) e a perder, por fim, com o Egipto (1-2), selecção que se sagraria campeã africana.
Na quinta participação na condição de anfitriã, em 2010, sob comando do português Manuel José, repetiu-se os quartos–de–final. Empate (4-4) na jornada inaugural com o Mali, quando nos últimos 10 minutos vencia por 4-0, demonstrou falta de sorte, à semelhança do empate a zero diante da Argélia, em que os atacantes não aproveitaram as oportunidades criadas.
Na mesma prova, a selecção nacional venceu o Malawi, por 2-1, e perdeu nos quartos-de-final frente ao Ghana, por 0-1, num jogo marcado pelo equilíbrio em que Manucho Gonçalves e Flávio Amado não deram melhor proveito as oportunidades de golos criadas.
Em Janeiro deste ano participou pela sexta vez num CAN, quatro das quais consecutivas. Disputado no Gabão e Guiné Equatorial, Angola baixou a fasquia dos quartos-de-final das últimas duas anteriores edições, tendo sido eliminada na fase inicial. Sob liderança do angolano Lito Vidigal, o antes, durante e o depois da participação no evento nunca havia sido tão conturbado. Primeiro pelo afastamento por iniciativa dos associados do então presidente da FAF, Justino Fernandes, e a realização de eleições extraordinárias (Pedro Neto venceu Artur Almeida), e depois as opções técnicas e os incumprimentos nos pagamentos aos atletas e treinadores.
Como resultado, os Palancas Negras foram eliminados na primeira fase do grupo B com sede em Malabo (Guiné-Equatorial). Angola até venceu na primeira jornada o Burkina Faso, por 2-1, depois empatou com o Sudão (2-2) e perdeu com a Côte d'Ivoire (0-2).
Para a sétima presença da qual acaba de se qualificar, com vitória sobre o Zimbabwe, por 2-0, depois de uma desvantagem de 1-3 do jogo de Harare, as expectativas são enormes para o CAN da África do Sul, numa altura de renovação do combinado nacional.
Pensar e Falar Angola
Sem comentários:
Enviar um comentário