EXPORTAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NA CPLP .
Há oito anos , transmiti em carta enviada por E-mail ao sr. Primeiro-Ministro português António. Guterres , a necessidade urgente de Portugal criar uma política económica e social para exportar , dentro do mercado da CPLP , pequenas e médias empresas portuguesas paralelamente ao apoio de exportação de produtos portuguesas .
Portugal poderia continuar a exportar produtos portuguesas mas deveria urgentemente criar uma política bilateral , entre dois países , no sentido de ajudar as pequenas e médias empresas portuguesas , já estabelecidas com sucesso no mercado português , com experiência , know-how , financeiramente organizadas , desejosas de expandirem e internacionalizarem-se na CPLP ou em outros mercados .
Portugal seria bastante beneficiado com isso , e não precisamos aqui de repetir como , e ao mesmo tempo os países importadores dessas empresas estariam a promover um desenvolvimento sustentado em seus países , que é o que realmente precisam e querem .
Desse modo , a CPLP estaria a ser catapultada para uma estatura cultural , económica , social e ambiental realmente grande .
Mais uma vez a falta de visão dos líderes portugueses não permite à lusofonia uma evolução maior .
Após mais de oito anos , continuamos a ver as empresas portuguesas mais dinâmicas , experientes , capacitadas e desejosas de evoluírem , a tentarem , per si e com pouco apoio Institucional , penetrar nos mercados exteriores , principalmente na CPLP aonde é necessário muita força muscular económica principalmente agora aonde é preciso enfrentar o mercado Sul-africano e outros , desejosos de entrar em Angola e tendo muitos apoios Institucionais de seus países .
Ter sucesso no mercado internacional não é fácil pois são espaços culturais e económicos diferentes e com suas particularidades e há sempre maiores riscos quando se anda sozinho na estrada pois a união faz a força mas na CPLP os lusófonos à partida têm a vantagem cultural a seu favor e é preciso aproveitar esse privilégio .
Quando Emerson Fittipaldi tornou-se um campeão mundial na Fórmula Um , imediatamente surgiram apoios Institucionais privados e públicos no Brasil e , este país , que até àquela data não tinha expressão no meio automobilístico internacional , transformou-se num grande produtor de campeões mundiais .
O sr. Presidente Cavaco e Silva visitou Angola em Julho de 2010 e inaugurou em Luanda , juntamente com o sr. Presidente Eduardo dos Santos , uma Fábrica de Tijolos no valor de 35 milhões de dólares que pertence à empresa portuguesa Mota & Cia .
Após a inauguração , ouviu-se um comentário na Televisão internacional , feito por um porta-voz do Governo Português , em que alertava que para haver sucesso em Angola era necessário que as empresas tivessem uma grande expressão económica pois só assim teriam uma musculação capaz de enfrentar as dificuldades que certamente envolvem os investimentos em Angola e em África no geral .
Parece-me que este tipo de comentário indicia muita incompetência , falta de visão , ignorância económica , etc . por parte do Governo Português que , três dias depois deste comentário estava a entregar a presidência da CPLP ao Governo Angolano .
Como quer o Governo Português ajudar a desenvolver a CPLP se não tem competência económica para ajudar a desenvolver e expandir suas próprias empresas pequenas e médias , que não têm muitos músculos económicos e precisam muito do apoio Institucional bilateral para conseguirem alcançar o sucesso internacional ?
Se as pequenas e médias empresas , em qualquer país , são o motor do desenvolvimento económico e social , como pode um Governo ignorar que é necessário muito apoio Institucional para expandirem nos mercados externos ?
Nos PALOP ( países africanos de língua oficial portuguesa) , muito necessitados de pequenas e médias empresas que tragam um desenvolvimento sustentado , em parcerias ou não , é possível haver sucesso desde que as empresas possuam qualidade e tenham apoio bilateral Institucional pois o resto a sociedade civil resolve .
Não há outro caminho .
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