segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Basquetebol Angolano, Rei de África


O 1º de Agosto e o Petro de Luanda disputam amanhã, em Kigali, Rwanda, o título de campeão africano dos clubes campeões. Quando medirem forças para atribuição do ceptro da vigésima quarta edição da competição, a partir das 19h00 locais, no Amahoro Stadium, serão duas equipes africanas que por 'acaso' são angolanas.
Para atingirem a final, o campeão nacional e continental, 1º de Agosto, derrotou o APR do Ruanda, por convincentes 98-84, enquanto os petrolíferos da capital venceram o AS Mazembe da RD Congo, por escassos dois pontos (90-88). Os angolanos voltam a reeditar a final de Lagos, em que os petrolíferos levaram a melhor sobre os militares, mas que hoje, em função das alterações nos planteis dos antagonistas, apontam para uma partida mais equilibrada, com sinal mais para a formação orientada por Luís Magalhães, melhor em termos individuais e onde pontificam valores que num rasgo decidem o desfecho a seu favor, como é o caso de Miguel Lutonda, Kikas e Carlos Almeida, os principais esteios do 1º de Agosto. Nos quartos-de-final, o 1º de Agosto, apesar das dificuldades iniciais, acabou por construir um resultado positivo, com uma margem de 10 pontos de diferença e para a qual muito contribuiu o desempenho e Wladimir Ricardino e de Miguel Lutonda Pontes. O desfecho apertado encontra justificação na forma algo tendenciosa com que foram sancionadas jogadas capitais, pela equipa de arbitragem, com o benefício da dúvida a abonar para o lado caseiro. A melhor organização defensiva dos campeões nacionais e continentais foi determinante no derradeiro quarto da partida, em função do alto índice de eficiência de Ricardino e Lutonda, sem desprimor para o desempenho dos demais elementos da equipa militar. Já o Petro viu-se e desejou-se para levar de vencida a formação do AS Mazembe da República Democrática do Congo, depois de o ter feito nas preliminares, com um triunfo algo folgado de 92-60. Os petrolíferos soaram as estopinhas para levar a água ao seu moinho e mesmo nos minutos finais da contenda conseguiram anular a vantagem dos congoleses, que ao intervalo venciam por 50-46. Os dois pontos não traduzem a realidade dentro das quatro linhas, até porque a formação petrolífera, em determinados períodos da contenda, acabou optar pela segunda equipa, já a pensar na final de hoje, uma estratégia que lhe poderia ter custado o afastamento da competição. Nas partidas classificativas, o Coop Bank do Quénia e o Interclube do Congo perderam diante do Aspac do Benin e do Kano Pillars da Nigéria, por 62-89 e 65-85, respectivamente. Hoje, para atribuição do sétimo e oitavo lugares jogam Coop Bank do Quénia-Interclube do Congo e para o quinto e sexto lugares, Aspac do Bebin e Kano Pillars da Nigéria. A medalha de prata será discutida entre o APR do Ruanda e o AS Mazembe da República Democrática do Congo, às 17h00.

Fotografia: Pedro Mulaza
Pensar e Falar Angola

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