terça-feira, 4 de outubro de 2022

Rádio Comercial | Irma canta "Filha da Tuga" nas Manhãs da Comercial


Apesar de se ter afirmado inicialmente junto do grande público enquanto atriz, IRMA tem, contudo, no canto e na composição, a mais antiga expressão de um talento que revelou ainda criança, e que agora abraça em paralelo à representação. Nasceu em Lisboa mas a sua identidade reflete forte influência da cultura angolana, ou não fosse Angola o país de origem dos avós com quem cresceu. Aos 12 anos herdou uma guitarra da e, instrumento que não mais parou de explorar, ao mesmo tempo que se começou a aventurar na escrita de canções, primeiro dentro do seu quarto, a pouco e pouco abrindo a porta para o mundo. Licenciada em Artes Performativas, porque sempre acreditou que sica, teatro e dança se complementamsomou vários papéis enquanto atriz de ficção transmitida nos vários canais de televisão e já fez parte do elenco dos musicais “Entre o céu e a terra”, “A bela e o mostro”, “Terra dos sonhos”, “Eusébio, um hino do futebol” e ZOO”. 

Pensar e Falar Angola

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

segunda-feira, 25 de julho de 2022

NORTON DE MATOS E OS ANGOLANOS - ALBERTO OLIVEIRA PINTO - LEMBRA-TE, ANG...

Pensar e Falar Angola

SISTEMA ELEITORAL ANGOLANO

NOTA DE IMPRENSA

 

A MARMOCO CRIAÇÕES, LDA apresenta a obra: SISTEMA ELEITORAL ANGOLANO E ELEIÇÕES EM CONTEXTO DE PÓS-GUERRA - UM ESTUDO DAS ELEIÇÕES DE 2008, 2012 E 2017 do Dr. Sérgio Manuel Dundão, a ter lugar no Edificio de Extensão Universitária da Universidade Católica de Angola - Largo das Escolas, dia 27 de Julho de 2022 (quarta-feira) às 15 horas.

A obra é um contributo excepcional para a compreensão do sistema eleitoral angolano e das eleições pós-guerra que procura despertar e elevar o nível de debate e o entendimento do universo político – eleitoral. Reflecte de forma critica a questão do estudo das eleições pós-guerra, analisando separadamente cada eleição, a partir da organização do processo em si e introduz no quadro angolano uma interessante diferenciação entre eleições pós-guerra.

            A partir de uma linguagem adequada constitui um excelente guia para docentes, investigadores, estudantes, políticos e cidadãos que se interessam pela questão das eleições, e é sem dúvidas uma obra inovadora quanto ao exame da situação e do efeito do duplo círculo no contexto angolano, com casos exemplarmente ilustrados.

Trata-se de um interessante estudo das eleições e dos sistemas eleitorais em África e possui uma relevância académico-cientifica singular a par dos pouquíssimos escritos pós-guerra e pós-CRA que existem no campo da Ciência Política sobre eleições em Angola (Amundsen & Weiner, 2008; Santo, 2010; Almeida & Sanches, 2010; Santana, 2011; Roque, 2013; Menezes, 2015; Pearce, Peclard & Oliveira, 2017Matsimbe & Domingos, 2018; Troco, 2019).

 

SOBRE  O AUTOR

Sérgio Manuel Dundão de 35 anos nasceu em Luanda e é Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade

 

Nova de Lisboa, com a dissertação intitulada de Conflito Armado e Construção do Estado: Uma Comparação entre Angola, Moçambique e Guiné-Bissau (2011-2014). É Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2008-2011).

É desde 2011 Investigador independente, tendo trabalhos como investigador convidado pelo CEIC – Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola e integra grupos e projectos de investigação sobre questões eleitorais em Angola, nomeadamente sobre a participação eleitoral e nos últimos anos tem se dedicado à investigação sobre o sistema eleitoral angolano.

É cronista desde 2018, dedicando-se à produção regular de crónicas e textos de opinião sobre a realidade político-social de Angola na imprensa escrita angolana e portuguesa.

 

 

 

RESERVAS:

Contactos:  Tel: (+244) 930181351

Preço de Lançamento: 18.000,00

 

MARMOCO CRIAÇÕES, LDA – Realizamos sonhos!

Avenida Cmdte. Gika nº 261, 1.º andar - Alvalade

Tel:(+244) 930181351/ 921428951

Luanda – Angola




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quarta-feira, 20 de julho de 2022

Novo hospital universitário de Luanda




REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
GABINETE DA MINISTRA


PROGRAMA

Descrição
Lançamento da 1ª pedra DE Construção do Hospital Universitário da Universidade Agostinho Neto

Dia e Hora
Vinte (20) de Julho de 2022, quarta-feira,  09h00-10h30 

Programa preliminar
08h30 – 09h00 Chegada dos convidados
09h00 – 09h15 Palavras de boas-vindas do Reitor da Universidade Agostinho Neto
09h15 – 09h30 Intervenção de Sua Excelência Governadora de Luanda
09h30 – 10h15 Apresentação da PROMED sobre os pressupostos do projecto de concepção, construção e apetrechamento do Hospital Universitário
10h15 – 10h30 Intervenção de abertura de Sua Excelência Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação
10h30 – 10h45 Acto de lançamento da pedra (no local).
10h45 – 10h50 Declarações à Imprensa 
Cocktail e fim da actividade

terça-feira, 12 de julho de 2022

José Eduardo dos Santos - 2º Presidente da República de Angola

A história complexa do Presidente José Eduardo dos Santos continua após a sua morte. 
Ler a imprensa espanhola, El País, verificamos uma conta bancária que parece não ter fundo ou ser horizontalmente de perder de vista. Estes milhões de Dolares espalhados pelo mundo são apetecíveis. Mas fiquemos com o Presidente na memória com o que de bom conseguiu fazer ao país. Tivemos 38 anos para o destruir, destituir, modificar ou melhor aconselhar. Hoje é fácil destruir. Os seus defensores anteriores estão hoje na primeira linha a destruir a Figura Ímpar que foi na Presidência. Começando pelos intimos, família incluída.
Sua filha, Tchizé dos Santos, mostrou ontem em entrevista a uma televisão de Portugal, o que não fez no 'reinado' de José Eduardo dos Santos. Acusou o poder instituído, os Orgãos de Soberania, de atentar contra a sua vida, esquecendo os anos que foi ela a primeira da linha da frente a fazer desaparecer os 'amigos' inconvenienes, a fazer o papel de política sem base para além do nome e dos laços familiares. Onde tocou destruiu. Só faltava destruir o nome de seu pai. Fê-lo agora.

1. “Eu não fiz nenhuma acusação de envenenamento, eu pedi uma investigação de homicídio.” - 
todas as redes sociais estão infestadas das suas afirmações inflamadas
2. “Uma das afirmações que consta nos autos é que o meu pai ficou 16 horas sem comer.”
quem afirmou, se todos estavam, como diz, a soldo do poder Angolano? Ela? Não é credível
3. “Nenhum médico conseguiu explicar como é que o meu pai conseguiu chegar de Angola com 30 quilos a menos. Filhos nunca foram informados que o pai estava a perder muito peso”.
se estava tão preocupada com o pai, não se falavam nem ao telefone. Que filhos estes....?
4. “A saúde e a vida do meu pai eram da responsabilidade de qualquer um dos filhos.”
onde esteve desde que o pai saiu de Angola?
5.“O povo angolano está a pedir que os filhos não entreguem o corpo. O povo de Angola está a sentir-se humilhado.”
quem é a senhora para falar em nome do povo angolano?


O Sr. Eng. José Eduardo dos Santos foi o 2º Presidente da República de Angola e merece receber Honras Nacionais, merece ter um funeral nacional.
A História definirá o que caracterizar deste longo 'reinado'.



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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Passamento de José Eduardo dos Santos


FALECEU ANTIGO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
■ PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO DECRETA LUTO NACIONAL
Considerando o passamento físico do antigo Presidente da República de Angola JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, ocorrido aos 8 de Julho de 2022;
Tendo em conta que o Presidente JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS foi uma figura ímpar da Pátria Angolana, à qual se dedicou desde muito cedo, tendo tido relevante participação na luta contra a colonização, na conquista da Independência Nacional, na consolidação da Nação Angolana, na sua afirmação no contexto das Nações, na conquista da Paz e reconstrução e reconciliação nacionais;
Convindo homenagear condignamente a sua figura, a sua obra, os seus feitos e o seu legado ao serviço da Nação Angolana;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea m) do artigo 120, do nº 4 do artigo 125 e da alíne a) do nº 4 do artigo 5º da Lei nº 5/11, de 21 de Janeiro, o seguinte:
1. É declarado luto nacional a ser observado em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares.
2. O luto nacional referido no número anterior tem a duração de 5 dias e inicia às 00 horas do dia 9 de Julho de 2022.
3. Enquanto vigorar o luto nacional, deve-se colocar a Bandeira Nacional a meia-haste e cancelar todos os espectáculos e manifestações públicas.
O Presidente da República
JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO


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quinta-feira, 30 de junho de 2022

José Eduardo dos Santos

BIOGRAFIA


José Eduardo dos Santo
s, nasceu aos 28 de Agosto de 1942, filho de Eduardo Avelino dos Santos e de Jacinta José Paulino. Frequentou a escola primária em Luanda onde também fez o ensino secundário no Liceu Salvador Correia, na altura a principal escola secundária do país. Iniciou a sua actividade política integrando grupos clandestinos que se constituíram nos bairros suburbanos da capital, no final dos anos 1950, e juntou-se ao MPLA quando este foi constituído em 1958.

Após a eclosão, em Luanda, da luta contra o poder colonial português, em 4 de Fevereiro de 1961, José Eduardo dos Santos abandonou em Novembro Angola e passou a coordenar a actividade da Juventude do MPLA, organismo de que foi um dos fundadores e durante algum tempo Vice-Presidente.

Integrou, em 1962, o Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA), braço armado do MPLA, e em 1963 foi o primeiro representante do MPLA em Brazzaville, capital da República do Congo. Em Novembro do mesmo ano, beneficiou de uma bolsa de estudo para o Instituto de Petróleo e Gás de Baku, na antiga União Soviética, tendo-se licenciado em Engenharia de Petróleos em Junho de 1969. Ainda na URSS, depois de terminados os estudos superiores, frequentou um curso militar de Telecomunicações, que o habilitou a exercer, de 1970 a 1974, funções nos Serviços de Telecomunicações na 2ª Região Político-Militar do MPLA, em Cabinda. De 1974 a meados de 1975, José Eduardo dos Santos voltou a desempenhar a função de Representante do MPLA em Brazzaville. 

Em Setembro de 1974, numa reunião realizada no Moxico, foi eleito membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA. Em Junho de 1975, passou a coordenar o Departamento de Relações Exteriores do MPLA e, cumulativamente, também o Departamento de Saúde do MPLA.

Com a proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores. A nível partidário, no período de 1977 a 1979, foi secretário do Comité Central do MPLA. Após o falecimento de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos foi eleito Presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido, no dia seguinte, nos cargos de Presidente do MPLA - Partido do Trabalho, de Presidente da República Popular de Angola e comandante-em-chefe das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola). 

De 1986 a 1992, José Eduardo dos Santos teve um papel de destaque na solução da crise transfronteiriça entre Angola e a África do Sul, que culminaria no repatriamento do contingente cubano, na independência da Namíbia, e na retirada das tropas sul-africanas de Angola. Recebeu o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique a 25 de Janeiro de 1988.

Com o fim da Guerra Fria, e pressionado pela comunidade internacional, mas simultaneamente a braços com dificuldades económicas internos e a continuação de uma guerrilha de desgaste por parte da UNITA, José Eduardo dos Santos procurou uma solução negociada com a UNITA. Impôs a passagem de Angola para um regime democrático que, baseando-se numa constituição adaptada em 1992, permitiu o pluralismo político e a economia de mercado. Em consequência desta mudança radical, primeiras eleições democráticas multipartidárias foram realizadas nos dias 29 e 30 de Setembro de 1992 sob supervisão internacional. As eleições para a Assembleia Nacional deram a vitória ao MPLA com maioria absoluta. No entanto, nas eleições presidenciais José Eduardo dos Santos não foi eleito na primeira volta, tendo conseguido somente 49% dos votos, contra 40% de Jonas Savimbi. De acordo com a constituição vigente, uma segunda volta teria sido indispensável, mas a UNITA não reconheceu os resultados eleitorais, retomando de imediato a Guerra Civil Angolana. Deste modo, José Eduardo dos Santos manteve em funções, mesmo sem legitimidade constitucional. Dirigiu pessoalmente uma intensa actividade diplomática que culminou no reconhecimento do governo angolano pelos Estados Unidos em 19 de Maio de 1993, e a seguir no reconhecimento pela maior parte dos países. Recebeu o Grande-Colar da Ordem Militar de Santiago da Espada a 16 de Janeiro de 1996.

A Guerra Civil Angolana terminou em 2002, com a morte violenta de Jonas Savimbi a 22 de Fevereiro e a assinatura dos acordos de paz no dia 4 de Abril do mesmo ano, nos quais a UNITA desistiu da luta armada, concordando com a desmobilização dos seus militares, ou da sua integração nas Forças Armadas Angolanas, chegando-se deste modo a pôr termo os 27 anos de guerra civil.

Uma vez que continuou a haver, em Cabinda, uma resistência contra a integração daquele enclave no Estado angolano, José Eduardo dos Santos concluiu a 1 de Agosto de 2006 o Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação na província de Cabinda formalmente assinado pelo ministro da Administração do Território de Angola, Virgílio de Fontes Pereira, e pelo presidente do Fórum de Cabinda para o Diálogo (FCD), general António Bento Bembe, no Salão Nobre da Câmara da cidade de Namibe, na presença de governantes, políticos e diplomatas acreditados na capital angolana, líderes religiosos e tradicionais, para além de representantes da sociedade civil. Este acordo destinou-se a pôr definitivamente fim à luta armada iniciada em 1975 pela FLEC, com o fim de obter a independência de Cabinda.
 
Nas eleições legislativas em Angola em Setembro de 2008, (as primeiras eleições legislativas desde 1992), o MPLA venceu com 81,64% dos votos, conquistado 191 dos 220 lugares da Assembleia Nacional de Angola. Durante algum tempo, José Eduardo dos Santos parecia ser o candidato do MPLA em eleições presidenciais a serem marcadas proximamente, no entanto, em inícios de 2010 foi adoptada uma nova constituição. Esta abandona, por um lado o princípio democrático fundamental da divisão entre os poderes legislativo, executivo e judiciário, concentrando os poderes efectivos no Presidente. Por outro lado, esta constituição já não prevê eleições presidenciais, mas um mecanismo pelo qual o Presidente do partido mais votado se torna Presidente do Estado.
 
No dia 31 de Agosto de 2012 decorreram eleições gerais, ganhas pelo MPLA, e de acordo com a constituição aprovada em 2010, José Eduardo dos Santos, como número um da lista eleitoral do MPLA, foi automaticamente eleito Presidente da República, legitimando desta forma a sua permanência no cargo por um período de mais cinco anos e tendo a sua investidura realizada aos 26 de Setembro de 2012.

Nas eleições de 2017 é substituído, por indicação sua, por João Manuel Gonçalves Lourenço na corrida presidencial. 

Nos altos e baixos da sua governação muito há a apontar. Transformou o país de um sistema socialista em capitalista feroz, baseado na corrupção, jogos de interesses e de familiaridade. A democracia impôs-se e aos poucos vai-se instalando uma corrente discordante da corrente baseada em interesses político/económicos. 

José Eduardo não consegue partir como um ser humano deste mundo terreno. A dificuldade da sua vida nos 38 anos de Presidente agrava-se neste momento, por desunião familiar e por conjugação de circunstâncias desses 38 anos. Deixará dez filhos de diferentes esposas, quase todos com uma História nem sempre bem compreendida ou bem explicada. 

Ficará na História de Angola, certeza absoluta, não saberemos é com que epíteto, com que parágrafos apagados e estrofes exaltadas.



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domingo, 1 de maio de 2022

Conferência Nacional Pensar Angola

Está agendado para o presente mês de Maio a 

II CONFERÊNCIA NACIONAL 
PENSAR ANGOLA

Desafios e Oportunidades de um País em Transformação


Este blog nada tem a haver com a referida conferência

o site dela é http://pensarangola.com




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segunda-feira, 25 de abril de 2022

O 25 DE ABRIL EM ANGOLA - ALBERTO OLIVEIRA PINTO - LEMBRA-TE, ANGOLA Ep. 63


Pensar e Falar Angola

AGOSTINHO NETO NO DIA 25 DE ABRIL DE 1974

NETO NO DIA 25 DE ABRIL DE 1974 . 

No dia 25 de Abril de 1974, Agostinho Neto encontrava-se no Canadá com uma importante delegação do MPLA da qual faziam parte nomes como Pedro de Castro Van- Dúnem " Loy", Carlos Rocha " Dilolowa" Saidy Mingas e Maria Eugénia Neto, e foi recebido pelo Governo do Canadá, pelo Parlamento e diferentes associações, em Ottawa e no Quebec. 

Momentos particulares de uma longa história que se alterou radicalmente com o 25 de Abril e deve ser recordada.

Crédito: Salambende Mucari.
25.04.2022












Pensar e Falar Angola

quarta-feira, 23 de março de 2022

23 de Março - Fim da Batalha no Quito Cuanavale


A Batalha de Cuíto Cuanavale, na província do Cuando Cubango, foi o maior confronto militar da guerra civil angolana e o mais prolongado em África, desde a Segunda Guerra Mindial, ocorrido entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, tendo culminado com um acordo entre Sul Africanos e Cubanos, para a retirada de tropas e a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram origem à implementação da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que vigorava na África do Sul.
Ao comemorarem hoje o Dia da Libertação da África Austral, os países da região prestam homenagem aos Chefes de Estado africanos que, directa ou indirectamente, ajudaram na vitória sobre as tropas do regime do apartheid!


Pensar e Falar Angola

quarta-feira, 9 de março de 2022

significado dos nomes das 18 províncias de Angola?

UTILIDADE PÚBLICA. 

Cultura geral 

18 ERROS CAPITAIS DEIXADOS PELA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA QUE OS ANGOLANOS INSISTEM PERPETUAR :

Você conhece o significado dos nomes das 18 províncias de Angola?
Conheça agora o significado etimológico "e sua grafia correta" dos nomes das 18 províncias que compõem a República de Angola.

Se antes tínhamos a velha desculpa de que os termos em línguas nacionais são mal escritos pelo simples facto das línguas nativas de Angola não apresentarem se quer um sistema alfabético (razão pela qual se obedeceu critérios da língua colonial Portuguesa 'até hoje' por esta ter a muito um sistema alfabético). Então hoje já podemos rectificar o óbvio pelo simples facto de existir 6 línguas nacionais das seis principais línguas mais faladas em todo território nacional, que felizmente reúnem cada uma dela um sistema alfabético.

És aqui os nomes verdadeiros das 18 províncias de Angola.
1* - BENGUELA / MBENGA. 
Benguela é um nome que deriva da terminologia Mbenga na língua Umbundu. 
Segundo o historiador, escritor e editor Armindo Jaime Gomes : “Do étimo Mbenga, Benguela é corruptela do verbo “okuvenga” da língua umbundu; okuvengela (sujar) / okumbengela ovava (sujar-me a água), relativamente às águas estagnadas e em língua portuguesa é entendido como turvar, turvar-se, perturbar, alterar, transtornar, escurecer, embaciar, nublar, enuvear (Pe. Alves, A., 1951). Evoluído de “mbengela”, a toponímia passou a significar perda de transparência, de limpidez, de clareza, perturbação, fazer perder a razão, cobrir o céu de nuvens, situação confusa, indefinição (op. cit.). Apesar de fazer parte da onomástica planáltica, a exemplo de Katombela, Mbaka, Kakonda, Civangulula, etc., a versão popular admite que o topónimo tenha resultado da distorção linguística nos primeiros contactos entre os portugueses e Ambwi. Em vez do nome da região que se pretendia saber, os intrusos receberam a justificação da turvês das águas lacustres e fluviais.”

2* - BENGO / ICOLIBÊNGIKO. O nome Bengo deriva da terminologia icolibêngiko na língua Kimbundu, relativo a Icolo e Bengo. 
Ícolo e Bengo anteriormente era um município da província do Bengo, que agora faz parte da província de Luanda. O nome Bengo deriva da terminologia Icolibengiko. Os antigos colonizadores portugueses tinham dificuldades em falar e escrever correctamente o Kimbundu. Invés de Icolibengiko eles diziam Icolo e Bengo. Icolo=Icoli, e Bengo=Bengiko.

3* - BIÉ / VYE. 
A terminologia Bié deriva de Vye. A província é na verdade uma homenagem feita ao antigo Reino do Vye, também conhecido por Reino do Bié. 
Bié foi um Reino que fez parte do mosaico do grupo etno-linguistico Ovimbundo. E teve como seu fundador "do Reino" o Soberano VYE, um caçador que se instalou na área de Embala de Ekovongo. Reinou sobre o Bié no ano de 1750. Segundo alguns historiadores o nome do Reino deriva do seu fundador Vye. Por dificuldade linguística o colono português invés de Vye dizia Bié.

4* - CABINDA / KIBINDA OU KABINDA. 
Cabinda é um termo que deriva da língua Kibinda ou Ibinda. O Ibinda ou Kibinda é uma língua regional da província de Cabinda que anteriormente era pejorativamente chamada de língua Fiote. Fiote que significa em Português : Pequeno ou Pouquíssimo. Na verdade o Ibinda ou Kibinda (assim como as demais línguas faladas nessa província) são chamadas erroneamente de dialectos. O que não é. Do ponto de vista histórico e linguístico todas as línguas faladas em Cabinda são na verdade variantes da língua Kikongo. E todas elas são classificadas como sendo o mesmo idioma.
A origem histórica do povo de Cabinda vem do grupo etno-linguistico Kôngo. Ou seja, os Cabindenses pertencem ao grupo etno-linguístico Kôngo. 
Cabinda deriva da terminologia Ibinda. Grafia correta : Ibinda, com o prefixo nominal da língua Ibinda e da língua mãe que é o Kikongo (KI e KA), que resulta em Kibinda ou Kabinda. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cabinda. Na língua Ibinda e Kikongo a letra "KA" é tida como um prefixo nominal, e não "CA" como está escrito em Português.

5* - CUANDO CUBANGO / KWANGO OKAVANGO. Cuando Cubango é um termo erróneo que deriva de dois nomes de Rios pertencentes a República de Angola e não só. Ou seja é uma homenagem feita a dois dos maiores Rios de Angola e de países como Botswana, Namíbia e RDCongo.
Grafia correta KWANGO. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa CUANDO. Grafia correta OKAVANGO. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa Cubango. O correto seria : KWANGO OKAVANGO e não CUANDO CUBANGO. 
Do ponto de vista histórico, KWANGO é um Rio que nasce nas terras altas do Alto Tshikapa, na Lunda Sul, e corre na direcção Norte, servindo de fronteira com a RDCongo, acabando por entrar neste país, juntando-se ao Rio Kasai próximo da província de Bandundu, antes de desaguar no Rio Kôngo. 
Já o Rio OKAVANGO é na verdade o segundo maior Rio de Angola (atrás do Rio Kwanza). O Rio Okavango é partilhado com países como Botswana e Namíbia, e obviamente Angola. De lembrar que o delta do Okavango no Botswana é considerado como o maior delta interno do mundo.

6* - CUNENE / KUNENE. 
Cunene é uma homenagem feita ao Rio com o mesmo nome. Ou seja, Cunene é na verdade nome de um rio de Angola que traça parte da fronteira com a Namíbia. Uma homenagem merecida porque essa região tem sido desde o passado fustigada pelas constantes secas. Daí a homenagem ao Rio Cunene que é um dos poucos Rios permanentes nesta região árida. Grafia correta : Kunene. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cunene.

7* & 8* - CUANZA NORTE E CUANZA SUL / KWANZA.
Essas duas províncias receberam o nome do maior Rio de Angola (o Rio Kwanza). É no fundo uma homenagem ao maior Rio de Angola que nasce no Bié, no Planalto Central de Angola. Tem um curso de 960 km desenhado assim uma grande curva para Norte e para Oeste, antes de desaguar no Oceano Atlântico, a sul de Luanda. Grafia correta : Kwanza. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cuanza.

9* - HUÍLA / MU-MWÍLA. 
Huíla é um nome que deriva da terminologia Mwila. Mwila também conhecidos por Mumuílas ou Mu-Mwila é um grupo étnico da região pertencente a família linguística Bantü. Os Mwila são os mais numerosos e de cujo nome o planalto e a província da Huíla derivam as suas designações. Existem de facto vários grupos nessa região ou província, mas devemos recordar que essa região pertence ao grupo etno-linguistico KhoiSan, que são por si só os primeiros habitantes desta mesma região, pese embora hoje estão reduzidos em pequenos grupos. 
Grafia correta : Mwila. Grafia obedecendo critérios da língua portuguesa : Huila.

10* - HUAMBO / WAMBO. 
A terminologia Huambo é uma homenagem ao Soba Wambo Kalunga.
Falar da origem do nome Huambo, é falar de Wambo Kalunga que deixou a sua terra natal para fazer história no planalto central, ou melhor, na província com o mesmo nome (Huambo). O nome do Reino do Huambo teve origem no nome do Soba Wambo Kalunga, um simples caçador do Kwanza Sul que se fixou junto às Pedras de N'Ganda La Kawhe e que casou com várias mulheres do Soba Caála. Diz a tradição do Kwanza Sul que quando morreu, o Soba Wambo Kalunga foi sepultado no meio de dois casais jovens enterrados vivos, que assim o deveriam acompanhar para o além. A história de Wambo Kalunga seja no aspecto literário como no aspecto oral, ela trás consigo sempre uma imagem narrada não tão agradável. A quem diga que não foi um soba exemplar devido a rigidez das leis tradicionais impostas e compridas por ele. O certo é que a tradição oral local, detém a versão da história sobre Wambo kalunga, desde a sua chegada ao planalto central até se tornar um ícone da região. Grafia correta obedecendo critérios da língua Umbundu: Wambo. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Huambo.

11* - LUANDA / LWANDA / LOANDA. Existem de facto várias teorias ou histórias sobre o nome Lwanda (pra alguns Loanda ou Lowanda). Pese embora a mais próxima da verdade é a dos primeiros Povos a habitar essa região (hoje província) que são os Bakongo. O termo Lwanda deriva da língua Kikongo que significa Bater ou Ceifar em Português. 
Reza a história que antes da chegada do primeiro Rei do N'dongo (o Rei N'gola Mussuri) e dos Portugueses em Luanda, Lwanda já era uma zona habitada pela guarnição da Realeza Kôngo. Sobretudo a Ilha de Lwanda que foi o local onde era concentrado os habitantes da guarda real vindos de M'banza N'soyo. O local foi durante muito tempo proprietadade do Reino do Kôngo, onde eles tiravam o principal dividendo do seu poder económico, ou seja, a ilha de Lwanda era tida na verdade como sendo o Banco do Reino Do Kôngo (onde a moeda utilizada em todo Reino era a não menos conhecida por N'zimbu). Daí a proteção da guarda real Kôngo a essa região. Diz a oralidade que os guardas (da realeza Kôngo) da ilha de Lwanda tinham a orden de não deixar entrar sobre essa região indivíduos que não fossem da realeza. E tinham como ordem "do mais alto mandatário" de matar caso alguém insistisse em desobedecer as ordens que eram interpretadas como lei. Portanto, foi a partir dessa lei criada pelo Rei onde surge o nome LWANDA, na língua Kikongo, que em Português significa BATER ou CEIFAR. 
No alfabeto Kikongo o "U" é representado pela letra "W", diferente do Português que o "U" é mesmo U, e o "W" é duplo-V. Portanto, a escrita da língua portuguesa simplificou por Luanda. Grafia correta: Lwanda. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Luanda.

12* & 13* - LUNDA / RHUNDA "Norte e Sul" . O termo Lunda provém da forma como é designada na língua Lunda, a zona de nascente de Rios com elevações (mu-rhunda). Ex: em Tchokwe pronunciam ha-ulunda ou ha-ulundama. Trata-se como vimos a região de Kalany onde esses povos convergiran para formarem o seu Reino. Anos mais tarde, uma das Rainhas dessa região, precisamente a Rainha Lweji que substituíra no poder seu pai Kondi, (o povo chamava a soberana em gesto de respeito de Swana mu-Rhunda, que significa «substituta da Rhunda». Com o evoluir do tempo, a região ou o Reino ficou conhecido por Rhunda, em língua Bungu. A escrita da língua Portuguesa simplificou por Lunda.

14* - MALANGE / MA-LANJI. 
A palavra Malange deriva da língua kimbundu "ancient" que significa: As Pedras, que para o Kimbundu atual significa Malucos " (MA-LANJI). Malange é um nome erróneo de um dos antigos rios da região conhecido por Rio KADIANGA (o nome verdadeiro do rio). 
Existem de facto vários contos acerca de Malange. Mas o conto baseado na tradição oral e tida como a oficial é. Reza a história baseado na tradição oral que os colonizadores ao chegarem pela primeira vez na região de Malange, os portugueses atravessaram um rio, como na época não existiam pontes, os portugueses tinham que passar pelos rios em cima de pedras. Após atravessar o rio, os portugueses viram moradores locais. Assim, eles perguntaram qual era o nome do rio e os moradores (que não compreendiam a língua portuguesa na época) responderam "Ma-lanji Ngana" (e os portugueses compreenderam por «são pedras, Senhor».

15* - NAMIBE / NAMIB. A palavra Namibe deriva da língua khoekhoegowab, e significa «lugar vasto e desolado». 
O Khoekhoegowab é uma língua pertencente ao grupo etno-linguistico KhoiSan. Namib é na verdade uma homenagem feita ao deserto do Namib, localizado na província com o mesmo nome. Grafia obedecendo critérios da língua KhoiSan : Namib. Grafia obedecendo critérios da antiga língua colonial : Namibe.

16* - MOXICO / MUXIKU. O termo Moxico deriva do nome de um dos Soberanos que vivia na zona conhecida hoje por luena ou Lwena, de nome Mwa-Muxiku. 
Embora actualmente se fale de Mwatxissenge como “chefe dos Tchokwe ”, outros chefes foram igualmente importantes no passado. Reza a história que quando os viajantes europeus dos fins do século XIX identificavam como igualmente importantes Ndumbo wa Tembwe(principal chefe tshokwe na época, no Ciboko), tal como Mwa-Muxiku (Mussaico ou Kinyama, em terras onde se instalou a colónia que deu origem à cidade do Lwena) e Mwatxissenge Wa Tembwe(conhecido dos viajantes europeus como kissengue) que na tradição é visto como “sobrinho” de Ndumbo, e que acabou por fixar-se no Itengo, próximo de Saurimo, hoje Lunda-Norte. Grafia obedecendo critérios da língua Tchokwe : Muxiku. Grafia obedecendo critério da língua Portuguesa : Moxico.

17* - UÍGE / WIZIDI. Uíge é uma homenagem feita a um dos Rios da província com o mesmo nome. Reza a história que durante um determinado período houve seca que afetara de gual modo a região da capital da província, baixando o caudal do Rio. Quando o caudal do rio subiu, os habitantes da região disseram Wizidi, que significa em Português Regresso. Ou seja, o Rio regressou ao seu curso normal. Daí fico conhecido por Wizidi. A escrita da língua portuguesa simplificou por Uíge.

18* - ZAIRE / NZADI. 
O nome da província do Zaire é uma homenagem ao Rio Nzadi a Nkisi, vulgo, Rio Zaire conhecido também por Rio Kongo. Era o grande Rio do antigo Reino Do Kôngo. O Rio Zaire ou Rio Kongo é por si só o segundo maior rio do continente Afrikano e o sétimo do mundo, com uma extensão total de 4.700 km. É o primeiro de Afrika e o segundo do mundo em volume de água, chegando a debitar um caudal de 67.000 m³/s de água no Oceano Atlântico.
Reza a história que a mudança do nome começou após chegada acidental de Diogo Cão à foz do Rio Nzadi a Nkisi. Diogo Cão e sua caravana tinham dificuldades em falar ou pronunciar o nome do Rio Nzadi a Nkisi, e pronunciavam Zaire. Daí fico tal erro que os académicos insistem perpetuar. Portanto, Zaire é uma terminologia que deriva da palavra Nzadi. Grafia correta obedecendo critérios da língua Kikongo : Nzadi. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Zaire.
Autoria & Narrativa de: João Niango Ngombo Kina O Mar Negro Moufty.
Fonte ~ : LIVROS / Lunda História e Sociedade (do historiador João Manassa). Azombo "Questões socioculturais" (de Dombel Silva). Historiador e Escritor / Armindo Jaime Gomes. Longoka Kikongo (de Bwa Telema). África No Mundo Contemporâneo (de vários autores). 
Museu Regional da Huíla. Museu Nacional De História Natural De Angola. Museu dos Reis Do Kôngo (em M'banza Kôngo). Museu Nacional da RDCongo (em Kinshasa) Comunidade do Sobado do Bembe (na província do Uíge).


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