O caminho de ferro de Moçâmedes: entre projeto militar, instrumento tecnodiplomático e ferramenta
de apropriação colonial (1881-1914)
Hugo Silveira Pereira1
CIUHCT – U. Nova de Lisboa
Institute of Railway Studies – U. York
hugojose.pereira@gmail.com
Resumo: A partir da década de 1880, Portugal decidiu aplicar em Angola o projeto de de-
senvolvimento fontista que vinha implementando na metrópole desde 1850 e que as-
sentava, em grande medida, na construção ferroviária. Depois de o investimento inicial
se dirigir para Luanda e Ambaca, os responsáveis nacionais viraram a sua atenção para
Moçâmedes. Neste artigo, iremos analisar o processo de implementação da ferrovia nes-
te distrito do sul de Angola, desde a década de 1880 até à I Guerra Mundial, em três
momentos diferentes: o processo de decisão, a construção e a exploração. Recorrendo
à bibliografia já existente e a documentação inédita de arquivos portugueses e britâni-
cos, iremos evidenciar as motivações que subjazeram à decisão de construir um caminho
de ferro (tecnodiplomáticas, militares e económicas) e os desafios que se levantaram à
construção e exploração. No final, explicaremos até que ponto as expectativas criadas e
estimativas antecipadas foram efetivamente cumpridas.
Palavras-chave: tecnodiplomacia; Angola; colonização; scramble for Africa
https://drive.google.com/file/d/1HS7eQFtv6R8m6n3mokZVpGk7vo8-GEHw/view?usp=sharing
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