O hábito de acumular produtos resultantes de períodos de abundância, por forma a cobrir as necessidades alimentares nas épocas de maior escassez, é uma herança que remonta ao período do Paleolítico Superior. Esta forma de resolver o problema de armazenamento alimentar, foi um passo em frente na história do homem, pois possibilitou o aumento de população, o sedentarismo, e abriu portas para o desenvolvimento de actividades menos utilitárias, mas de grande importância para valorização do ser humano, como as artes.
As soluções encontradas relacionam-se com o tipo de alimentos a conservar, com o clima e com outras condições naturais, que cada região possui.
Encontramos também em Africa, esta preocupação, solucionada através da criação de celeiros exteriores à habitação, construídos com estacas, isolando os produtos da humidade, dos roedores, formigas e térmites.
Nas zonas em que o nivel da economia agrícola é muito elementar, os celeiros deixam de ser edificios e passam a ser simples recipientes de dimensões reduzidas.
Celeiro Quioco (região da lóvua, Lunda - Angola) - estacaria, planta com forma de quadrado, cobertura cónica, tudo executado em materias provenientes do mundo vegetal.
Celeiro Muíla (Chibia, Huíla - Angola) - recipiente do tipo seira cónica, tecido em fibras vegetais, com tampa, apoiado em estrado de paus, sendo este elevado do solo através de uma estrutura em estacaria com forma circular.
Pensar e Falar Angola
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