A Comissão da União Africana (UA) saudou, esta terça-feira, o programa de desminagem em curso desde o fim da guerra civil em Angola em 2002, considerando-o como um testemunho da vontade política dos Governos africanos de livrar o continente do flagelo das minas terrestres.
Ao se congratular com o anúncio pela Comissão Angolana de Desminagem, que desminou até agora uma superfície de 50 milhões de metros quadrados, o presidente da Comissão da UA, Alpha Oumar Konaré, declarou que o flagelo das minas terrestres constitui há muito tempo um obstáculo à segurança e ao desenvolvimento em África.
Ao se congratular com o anúncio pela Comissão Angolana de Desminagem, que desminou até agora uma superfície de 50 milhões de metros quadrados, o presidente da Comissão da UA, Alpha Oumar Konaré, declarou que o flagelo das minas terrestres constitui há muito tempo um obstáculo à segurança e ao desenvolvimento em África.
Konaré sublinhou que 20 anos após a assinatura do Tratado Internacional sobre a Proibição das Minas, grande parte do continente africano continua a ser afectado por este flagelo com consequências económicas e sociais."A experiência de Angola demonstra a vontade política constante dos Governos africanos de se livrar deste flagelo", sublinhou Konaré num comunicado."A UA encoraja Angola e os outros países africanos abrangidos a continuar os seus esforços para livrar os seus Estados das minas terrestres e reitera o seu apelo para o apoio constante da comunidade internacional", acrescentou o presidente da Comissão da organização panafricana.Segundo a base de dados das Nações Unidas sobre a desminagem, os países afectados por minas em África são Angola, o Burundi, o Chade, o Djibuti, o Egipto, a Eritreia, a Etiópia, a Guiné-Bissau, a Libéria, a Líbia, a Mauritânia, Moçambique, a Namíbia, o Ruanda, o Senegal, a Somália, o Sudão, a Tunísia, o Uganda, o Sara Ocidental e o Zimbabué.Vítima de disseminação de minas terrestres e de engenhos que ainda não explodiram, África é o continente mais minado do mundo com pelo menos 40 milhões de minas terrestres.Cerca de 140 milhões de africanos vivem em países onde o risco de ser morto ou ferido por minas terrestres pode ser considerado como elevado ou muito elevado, ao passo que as minas terrestres matam, ferem e mutilam anualmente mais de 12 mil pessoas em África.
Além de matar ou de estropiar os indivíduos, as minas terrestres afectam igualmente as famílias e as comunidades, impedindo a cultura das terras, bloqueando o acesso a água potável, limitando o acesso às infra-estruturas sanitárias, encerrando as vias e isolando as aldeias e as cidades.
Fonte: Digital News
Pensar e Falar Angola
1 comentário:
Um acto nobre, digno, humano, acabar com as minas em Angola.
Quantas pessoas inocentes já morreram ou ficaram seriamente afectadas com elas?
Até que enfim se cria um programa de detecção e exterminação definitiva de minas.
Reconheçam que foi aflitivo, preocupante, terrífico, fatal.
Registo com agrado este programa.
As crianças e todos agradecerão.
Uma das situações mais urgentes do Planeta.
Boa, Anabela. Fiquei a saber.
Beijos
pena
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