terça-feira, 4 de setembro de 2007

União Africana saúda programa de desminagem em Angola

A Comissão da União Africana (UA) saudou, esta terça-feira, o programa de desminagem em curso desde o fim da guerra civil em Angola em 2002, considerando-o como um testemunho da vontade política dos Governos africanos de livrar o continente do flagelo das minas terrestres.
Ao se congratular com o anúncio pela Comissão Angolana de Desminagem, que desminou até agora uma superfície de 50 milhões de metros quadrados, o presidente da Comissão da UA, Alpha Oumar Konaré, declarou que o flagelo das minas terrestres constitui há muito tempo um obstáculo à segurança e ao desenvolvimento em África.


Konaré sublinhou que 20 anos após a assinatura do Tratado Internacional sobre a Proibição das Minas, grande parte do continente africano continua a ser afectado por este flagelo com consequências económicas e sociais."A experiência de Angola demonstra a vontade política constante dos Governos africanos de se livrar deste flagelo", sublinhou Konaré num comunicado."A UA encoraja Angola e os outros países africanos abrangidos a continuar os seus esforços para livrar os seus Estados das minas terrestres e reitera o seu apelo para o apoio constante da comunidade internacional", acrescentou o presidente da Comissão da organização panafricana.Segundo a base de dados das Nações Unidas sobre a desminagem, os países afectados por minas em África são Angola, o Burundi, o Chade, o Djibuti, o Egipto, a Eritreia, a Etiópia, a Guiné-Bissau, a Libéria, a Líbia, a Mauritânia, Moçambique, a Namíbia, o Ruanda, o Senegal, a Somália, o Sudão, a Tunísia, o Uganda, o Sara Ocidental e o Zimbabué.Vítima de disseminação de minas terrestres e de engenhos que ainda não explodiram, África é o continente mais minado do mundo com pelo menos 40 milhões de minas terrestres.Cerca de 140 milhões de africanos vivem em países onde o risco de ser morto ou ferido por minas terrestres pode ser considerado como elevado ou muito elevado, ao passo que as minas terrestres matam, ferem e mutilam anualmente mais de 12 mil pessoas em África.


Além de matar ou de estropiar os indivíduos, as minas terrestres afectam igualmente as famílias e as comunidades, impedindo a cultura das terras, bloqueando o acesso a água potável, limitando o acesso às infra-estruturas sanitárias, encerrando as vias e isolando as aldeias e as cidades.


Fonte: Digital News

Pensar e Falar Angola

1 comentário:

Pena disse...

Um acto nobre, digno, humano, acabar com as minas em Angola.
Quantas pessoas inocentes já morreram ou ficaram seriamente afectadas com elas?
Até que enfim se cria um programa de detecção e exterminação definitiva de minas.
Reconheçam que foi aflitivo, preocupante, terrífico, fatal.
Registo com agrado este programa.
As crianças e todos agradecerão.
Uma das situações mais urgentes do Planeta.
Boa, Anabela. Fiquei a saber.
Beijos
pena