Angola comemora hoje o Dia do Herói Nacional, efeméride instituída em 1980, em memória do primeiro Presidente de Angola, que em 11 de Novembro de 1975 proclamou a independência nacional, depois de longos anos de colonização portuguesa - Dr. António Agostinho Neto.
Trata-se de um tributo àquele que é considerado o "guia imortal da revolução angolana", em reconhecimento à sua grande capacidade intelectual, postura de estadista, lutador, político, homem de cultura e pela sua contribuição na luta de libertação não só dos angolanos mas de outros povos.
Cedo Agostinho Neto assumiu o combate a manifestações negativas como o tribalismo, o regionalismo, o racismo e outros preconceitos atentatórios à unidade nacional e reconciliação dos angolanos. "Temos sempre lutado pela unidade nacional para que todo o cidadão do nosso país, seja qual for a área geográfica que habite, qual for a sua raça ou tribo, ou a língua que fale, se sinta essencialmente um homem que contribui para o desenvolvimento desta nação (…)", disse um dia Neto, num dos seus discursos. Frases como, "Angola é e será, por vontade própria, trincheira firme da revolução em África" ou "na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul está a continuação da nossa luta", demonstraram bem como Agostinho Neto vivia preocupado não só com Angola, mas com outros povos, que clamavam por solidariedade.
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 quilómetros de Luanda e formou-se em medicina pela Universidade de Lisboa.
A 11 de Novembro de 1975, após 14 anos de dura luta contra o colonialismo e o imperialismo, proclamou a independência nacional, objectivo pelo qual deram a vida tantos filhos de Angola, tendo sido nessa altura investido no cargo de Presidente da (então) República Popular de Angola.
Agostinho Neto faleceu a 10 de Setembro de 1979 em Moscovo, ex-URSS,vítima de doença.
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