quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Trabalho Infantil


O número de crianças angolanas envolvidas em trabalho infantil em Angola aumentou significativamente nos últimos tempos. Depois do alerta da Associação de Crianças Desfavorecidas, o Instituto Nacional da Criança também veio confirmar o facto.
A Doutora Manuela Coelho, Chefe do Gabinete de Estudos e Investigação do Instituto Nacional da Criança (INAC), disse à rádio Ecclesia que o número de crianças que efectuam trabalho infantil, em Angola, é preocupante.Realçou que o Instituto tem alguma intervenção particularmente nas províncias limítrofes. “Das pesquisas efectuadas até ao momento verificamos a existência de zonas críticas de prática de trabalho infantil, como na província do Cunene o trabalho de carregadores, nas províncias das Lundas Norte e Sul e Kuando-Kubango, zonas de garimpo”.

Salientou que na província de Cabinda não foram detectados casos de crianças angolanas envolvidas ou submetidas a trabalho infantil, “mas houve uma pesquisa que determinou que havia crianças estrangeiras envolvidas. Disse ainda não possuir “dados concretos” da idade dessas crianças.

Devido a esta situação conturbada e preocupante, o Governo angolano decidiu criar uma comissão tripartida para pôr fim ao trabalho infantil. “Particularmente agora estamos a trabalhar na constituição de uma comissão que vai envolver não só a área social como o Ministério do Emprego e Segurança Social, mas também os sindicatos e os empregadores. Assim pensamos que haverá uma maior intervenção para a erradicação do trabalho infantil no nosso país”, salientou a responsável do INAC.Para o presidente da Associação das Crianças Desfavorecidas, Joaquim Dalas, a principal razão deste aumento em Angola, prende-se com a pobreza extrema que afecta várias famílias.

“Existem muitas crianças a fazer trabalho infantil o que é contra o que consagra a lei e o direito da criança. Mas temos encontrado algumas razões que levam a essa situação e uma delas é a pobreza”.
Para o activista dos direitos da criança “muitas” dessas famílias são as vulneráveis, que passam o dia sem comer um pão”, acrescentou.


Fonte: Digital News



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