quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

CAN 2008: Angola faz história


Pela primeira vez na história a selecção angolana garantiu a passagem aos quartos-de-final da Taça Africana das Nações (CAN).

Os Palancas Negras empataram com a Tunísia, resultado que coloca as duas equipas na fase seguinte.
As equipas alinharam:

Tunísia: Kasraoui; Haggui, Ben Fredj, Zouaghi e Jaidi; Nafti, Zaiem (Dhiffalah, 67m), Mnari e Mikari; Jemaa (Chikkaoui, 80m) e Chermiti.
Angola: Lamá; Airosa (Locó, 69m), Kali, Rui Marques e Yamba Asha; Zé Kalanga (Mendonça, 83m), Macanga, Gilberto e Maurito (Mateus, 59m); Flávio e Manucho.



Pensar e Falar Angola

assim os tangem


"Não se achará, nem razão humana consente, que jamais houvesse no mundo trato público de comprar e vender homens livres e pacíficos, como quem compra e vende alimárias, bois ou cavalos e semelhantes. Assim os tangem, assim os constrangem, trazem e levam e provam, e escolhem com tanto desprezo e ímpeto, como faz o magarefe ao gado no curral."


Oliveira, Padre Fernando de, "Arte da Guerra do Mar", 1555



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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

um convite* aos de cá




para mais informações click na imagem

O Instituto Camões – Centro Cultural Português e o Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia (IACAM) têm a honra de convidar V. Ex.ª Para o Ciclo de Cinema de Animação com a presença do premiado realizador José Miguel Ribeiro, nos dias 6, 7, 8 e 9 de Fevereiro, pelas 18h:30.

*entradas a borliu, entenda-se grátis.
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Kuduro, Fogo no Museke - 4ª feira



Dada a grande afluência de público que impossibilitou a entrada a muitos interessados em ver o filme "Kuduro, Fogo no Museke" de Jorge António, no dia da sua estreia, o Centro Cultural Português irá fazer uma reposição do mesmo, na próxima 4ª Feira, dia 30 de Janeiro, às 18.30, no seu auditório.
A entrada é livre (não é necessário convite!).
Façam-se presentes!

KIKONGO



A área linguística do Kikongo ocupa em Angola as províncias de Cabinda, Zaire e Uíge, estende-se por todo o sudoeste da República do Congo, de Brazzaville, Boko e Ponta Negra até ao Cabo Lopes no Gabão; na República do Zaire compreende toda a região do Baixo Zaire e uma parte da região de Bandundu.

O Kikongo é bastante diferenciado, destacando-se em Angola os dialectos dos Bampeemba, Basoloongo, Bawembo, Bambamba, Bazoombo, Bankanu, Bankusu, Bawoyo, etc.; no Congo, os dos Bavili, Baladi, Babeembe; e no Zaire os dos Bandibu, Bayoombe, Bamanyanga, Bantandu, Bayaka...A actual zona da língua Kikongo, cujo núcleo central é Mbanza Congo em Angola, coincidia, grosso modo com os limites do antigo reino do Congo no séc.XVI.


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SELOS (1)



domingo, 27 de janeiro de 2008

Resumo do Angola - Senegal



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ANGOLA NO CAN

Que viva ANGOLA!

Notícia de A Bola

Futebol Internacional
CAN: Angola vence e «espreita» quartos-de-final

Angola saiu para o intervalo a perder com o Senegal, por 0-1, mas a subida de rendimento na segunda parte foi coroada com três golos, que fixaram o resultado em 3-1. Os «palancas negras» mantêm-se, assim, na corrida pelo apuramento para os quartos-de-final da Taça das Nações Africanas (CAN).


Os comandados de Oliveira Gonçalves acusaram algum nervosismo nos 45 minutos iniciais e cometeram vários erros, sobretudo nas tarefas defensivas. O Senegal soube tirar proveito da exibição intranquila do adversário e adiantou-se no marcador por intermédio de Faye, aos 20 minutos, resultado que se verificava ao intervalo.

A etapa complementar trouxe uma Angola transfigurada, mais agressiva e decidida na abordagem ao jogo, justificando a «cambalhota» no marcador, operada com golos de Manucho (50 e 67) e Flávio (78). Os «palancas negras» saltam para o primeiro lugar do Grupo D, com quatro pontos - mais três que Senegal, Tunísia e Árica do Sul, sendo que as duas últimas selecções se defrontam esta noite - e colocam-se em boa posição para garantir a qualificação para os quartos-de-final, que será decidida na próxima quarta-feira, diante dos tunísinos.

Senegal: Sylva; Beye, Diawara, Diagne Faye, Ndaw (Sougou, 85m); Kamara (Camara, 72m), Diop, Sall, Mendy (Guèye, 62m); Diouf e Niang

Angola: Lamá; Airosa, Rui Marques, Kali e Yamba Asha; Zé Kalanga, Macanga, Gilberto (Mateus, 83m) e Maurito (Dedé, 73m); Manucho (Locó, 88m) e Flávio.
27-01-2008 19:01



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Afrikya - Encruzilhadas de um continente


Todos os domingos, das 09 horas até às 10 horas o Afrikya é emitido em Luanda nos 95.5 em FM, o espaço em modulação de frequência da LAC (Luanda Antena Comercial).


No entanto o Afrikya vem de longe, com a dupla Luzía Fanconny e António dos Santos, o continente africano é prescrutado sonoramente através das suas musicalidades, dos seus pensadores, sempre a passo com a premência da actualidade que um continente desta dimensão não deixa de urgir.

Carregue aqui para visitar o novo blogue e ouvir a emissão em excelente "streaming" mpeg, ou para fazer o "download" em mp3 de excelente qualidade.



Carregue aqui para copiar o código deste "player" e inserí-lo no seu blogue ou página de internet.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Uma Dia - uma Luanda - uma Empresa EstafetaExpresso


Estafetas - Praia do Bispo
Colocado por CAZIMAR

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ALGODÃO







O algodoeiro é o nome vulgar dado a várias espécies do género botânico Gossypium, da família Malvaceae. Existem cerca de 40 espécies, arbustivas, nativas das regiões subtropicais e tropicais, algumas das quais são utilizadas para a produçãoda fibra têxtil conhecida como algodão.
Em estado selvagem, os arbustos do algodoeiro conseguem atingir até 7 m de altura. As folhas são grandes, com três, cinco (ou mesmo sete) lobos. As sementes estão contidas numa cápsula, estando cada uma envolvida numa fibra felpuda designada pelo vocábulo inglês lint (plural: linters).



As fibras são colhidas manualmente ou com a ajuda de máquinas. Sendo que a forma manual de coleta é feita normalmente nos arbórea e traz um produto muito mais livre de impurezas. De uma forma ou de outra, as fibras sempre contêm pequenas sementes negras e triangulares que precisam ser extraídas antes do processamento das fibras. As fibras são, de facto, pêlos originados da superfície das próprias sementes. Estas sementes ainda são aproveitadas na obtenção de um óleo comestível.
Nos primeiros 28 dias após a abertura da flor, as referidas células crescem rapidamente em comprimento, até 91% do comprimento final. Em seguida, o crescimento dos 9% finais torna-se lento e estabiliza-se em torno dos 47-51 dias do florescimento. Aos 21 dias, a parede da célula se resume, basicamente, em cutícula e camada, fina, de celulose.



Wiki


"A neve d' Angola"
A província do Kwanza Sul foi, antes da independência em 1975, a segunda maior produtora de algodão em Angola, a seguir de Malanje uma área produtiva estimada em 41.007 hectares, nos municípios do Sumbe, Seles, Libolo, Porto-Amboim, Kilenda, Kibala, Amboim, Mussende e Conda, tendo atingido 21.835 toneladas de algodão em 1973.

A última campanha agrícola do algodão aconteceu em 1999/2000 numa área de 3.650 hectares tendo resultado na colheita de 500 toneladas e abrangeu dois mil 193 associados.

O governador da província do Kwanza Sul, Serafim do Prado, considera que estão este ano criadas as premissas para o relançamento da produção do algodão em grande escala numa área estimada em cinco mil hectares de terra aráveis na comuna da Gangula, município do Sumbe.
Foto: Henrique Oliveira
Este projecto que vai empregar cerca de mil 914 famílias, bem como a construção de infra-estruturas de irrigação com a instalação de electro-bombas para bombagem de água e assistência técnica aos produtores, tem a duração de três anos, cujo reembolso do financiamento será feito em 30 anos, com um período de graça de 10 anos.

Fonte: angop 16/01/08

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

24.01.1575 – 24.01.2008, parabéns Luanda


fotos de Salucombo.Jr, musica de Joe Strummer

Luanda são os people, as imagens, o cheiro, os sons, os mambos, o transito, a destruição, a correria, o calor, a escuridão, as vozes, os choros, a tristeza, a alegria, os combas, os bodas, os cabombas, os roboteiros, a desbunda, os cambas, a catinga, o kuduro, a kizomba, o semba, as kinguilas, os pescadores, os putos de rua, os vendedores ambulantes, a praça do roque santeiro, o mussulo, o sambizanga, a casa da mãe jú, os candongueiros, os pulas, os chineses, os zaiko langa langa, os budjurras do são paulo, as demolições, a especulação imobiliária, os cumbus, os brazucas, os tugas, a poeira, o belas shopping, a lagoa do kinaxixi, os cobradores, as peixeiras da ilha, a estrada de catete, o funge de bombo com feijão de óleo de palma, o mufete, o piteu da mamã kuiba, o paulo flores, o sebem, as maratonas, as birras, a fome, o breda, os business os buracos, a corrupção, os libaneses, e tudo aquilo que cada um de nós vê, sente, cheira e ouve sempre que sai a rua.

se por acaso precisar de tradução em alguma palavra, queira deixar a sua duvida na caixa de comentários.

Susana Duarte





Suzana Duarte é baiana mas inspirada por Angola.



http://homepage.mac.com/mpassibarros/ProjetoAngoleira.html

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Resumo do Jogo: Angola - RSAfricana




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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Projecto Universidade Agostinho Neto - Luanda











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Luis Silva

Luís Silva
- 3º lugar, Asian Fórmula Renault , Shanghai (25-11-2007)
- Pole Position , Asian Fórmula Renault , Shanghai (24-11-2007)
O jovem Luís Sá Silva, nascido a 23 de Agosto de 1990, desde muito cedo deu mostras de ter uma especial apetência para a velocidade. Com apenas 10 anos de idade e na primeira vez que tripulou um kart mostrou grande a vontade e acabou mesmo por brilhar entre várias pessoas sendo alguns deles muito mais experientes e mais velhos.
A sua primeira experiência com corridas deuse aos treze anos de idade, quando o Luís Sá Silva participou em Luanda em duas provas de moto quatro.
Apesar de ser o mais novo, de estar a tripular uma das motas com menor potência e estar a competir entre adultos, não se fez de rogado e acabou ambas corridas em terceiro lugar para suspresa dos participantes e público em geral.
Com o apoio familiar o jovem com vista a realizar o seu sonho de correr em automóveis foi residir em Macau, no Sul da China onde teve a felicidade de ter contado com o experiente Instrutor Phillipe Descombes.
Após algumas sessões de aprendizagem na condução de um Formula Renault 2000, o Luís Sá Silva que não tinha trazia qualquer experiencia de condução e competição, decidiu que, apesar da falta de experiência, podia iniciar a sua carreira no mundo dos automoveis.
Foi assim que no Ano de 2006 surgiu um jovem Angolano de apenas 15 anos a tripular uma Formula Renault 2000 e Angola por essa via passou igualmente para "as bocas do mundo".
Luís Jorge Sá Silva tem erguido bem alto o nome de Angola na Ásia, tendo disputado em 2006 o Campenato denominado por IFC – International Fromula Chalenge e acabado na nona posição, apesar de ter participado apenas em 6 das doze corridas que correspondiam ao calendário, umas vezes por causa das obrigações escolares e outras por manifesto azar.

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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Anunciados vencedores dos prémios Cidade de Luanda

Os vencedores da edição 2008 do prémio “Cidade de Luanda” nas modalidades de Artes Plásticas, Teatro, Literatura e Dança foram anunciados hoje, pela direcção provincial de Luanda da Cultura.
Segundo uma nota de imprensa da direcção provincial da Cultura, na categoria de pintura o júri, composto pelos artistas plásticos Lukulu Zola, Massongui Afonso e Bejamim Sabby, atribuiram o prémio a obra “O canto e o encanto da kianda” de Sozinho Lopes.
Os membros do corpo de jurado, galardoaram igualmente Manuel José Ventura com a obra “Jiangolokela ya Luanda”, na categoria de Gravura.
Na modalidade de teatro, consagrou-se vencedor o grupo cénico Henrique Artes com a peça “Concavo e convexo”, enquanto os grupos teatrais Enigma Teatro, com a peça “De Luandinha a Luanda para Luandão”, e Ana Nguzu, com a obra “Arquivo”, ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
O júri da categoria de Teatro, constituído por António Oliveira, Adelino Caracol e Felisberto Cassua, atribuiu igualmente os prémios de melhor Encenação ao grupo Enigma Teatro, melhor Texto ao Núcleo de Artes Pitabel, melhor Actor a Benvindo António, do conjunto cénico Enigma Teatro, e o de melhor Actriz a Catarina Neto do Twabixila.
De acordo com o documento, a fase final na modalidade da Canção será realizado dia 23 do corrente mês (quarta-feira), no Cine Tivoli.
As categorias de escultura e tecelagem não foram atribuídos prémios pela fraca qualidade técnica das obras e a não observância do tema em concurso.
O júri da modalidade de Literatura, constituído por António Panguila, Dartanhã de Fragoso e Domingos Lopes decidiu não galardoar nem um texto inscrito pela má apresentação dos mesmos e fraca exploração dos temas.
Pelo fraco número de inscrições e por não cumprirem com o tema do prémio, a organização decidiu pela não realização da modalidade de dança, tendo o facto sido dado a conhecer aos responsáveis dos grupos de dança inscritos.

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Para além da mágoa: novos diálogos pós-coloniais

PAULO BANDEIRA FARIA EM LISBOA

PARA PARTIPAR NO COLÓQUIO

"PARA ALÉM DA MÁGOA:

NOVOS DIÁLOGOS PÓS-COLONIAIS",

Paulo Bandeira Faria , o autor do romance As Sete Estradinhas de Catete, que a QuidNovi editou em 2007, estará na próxima terça-feira, dia 22, em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, para participar no colóquio "Para além da Mágoa: Novos Diálogos Pós-Coloniais que ali decorrerá.

Este Colóquio, organizado por Margarida Paredes, do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Sheila Khan da Universidade de Manchester e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e Casa Fernando Pessoa / Francisco José Viegas, tem por objectivo reunir "uma nova geração de escritores [que] tem emergido na narrativa contemporânea com um discurso que procura descolonizar as mágoas, as angústias, e dores que a geração anterior trouxe de África e de Timor" para reflectir sobre "estas novas trajectórias de vidas e identidades".

É neste espírito que, entre a lista de oradores convidados se contam, para além de Paulo Bandeira Faria, escritores como Ana Paula Tavares (que terá uma participação especial), Francisco Camacho, José Eduardo Agualusa, Joaquim Arena, Miguel Gullander e Luís Cardoso.

As Sete Estradinhas de Catete é um romance de iniciação cuja acção decorre em Angola entre 1970 e 1975 e que descreve as dores e as maravilhas do crescimento de uma criança, filha de um oficial do exército português, na sociedade angolana colonial e pós-colonial. Com uma perspectiva absolutamente original na literatura portuguesa, foi considerado pela crítica "uma experiência emocional fortíssima" e louvado pelo testemunho histórico que constitui.

Texto Explicativo do Encontro:

Uma nova geração de escritores tem emergido na narrativa contemporânea com um discurso que procura descolonizar as mágoas, as angústias, e dores que a geração anterior trouxe de África e de Timor. Será necessário, na nossa opinião, pensar e reflectir nestas novas trajectórias de vida e identidades, com um olhar completo. Este acto de olhar, é o projecto de escritores que procuram fazer uma leitura diferente da caminhada histórica, cultural e subjectiva do nosso passado colonial, de um modo criativo, lúcido, e equilibrado. É a língua das águas subterrâneas que enriquecem este mal-estar pós-colonial, por vezes, pejado de sentimentos de perda e de exílio. Acolher e escutar estes novos olhares, estas novas visões em interacção com África e Timor, permite-nos dirigir e mesurar o diálogo que propomos, neste encontro, para além da mágoa.

Objectivos do Encontro:

  1. O que é a literatura pós-colonial de língua portuguesa?
  2. Como é pensada e sentida a história colonial portuguesa, pelos novos escritores?
  3. Uma literatura de luto, ou uma produção de novos sentidos e novos diálogos numa era pós-descolonização?
  4. Será possível falar-se sem receios de uma literatura e de pós-colonialismo luso-afro-brasileiro?

Público Alvo:

Investigadores

Estudantes

Críticos Literários

Jornalistas

Centros de Estudos Africanos

Centros de Estudos Literários

Centros de Investigação

Público em Geral

Lista de Convidados:

  1. Ana Paula Tavares (participação especial da poetisa)
  2. Francisco Camacho
  3. Eduardo Agualusa
  4. Joaquim Arena
  5. Paulo Bandeira Faria
  6. Margarida Paredes
  7. Miguel Gullander
  8. Luís Cardoso

Programa: (22 de Janeiro, 2008)

Manhã:

9:30 – 10:00 – Apresentação do Encontro por Francisco José Viegas e Sheila Khan

10:00 – 12:45 – Das Narrativas do Não-Sofrimento, dos Novos Sentidos sobre a Literatura Pós-Colonial de Língua Portuguesa

Mesa orientada por: Livia Apa (professora universitária, Universidade de Nápoles "L'Orientale" e na Universidade de Roma "La Sapienza")

10:00 -10:30 – Francisco Camacho

10:30 – 11:00 – Paulo Bandeira Faria

11: 00- 11: 15 – Coffee Break

11: 15 – 11:45 – Joaquim Arena

11:45 – 12:15 – Luís Cardoso

12:15 – 12:45 – Discussão de Ideias e Propostas

Almoço: 12:45 – 14:00

Tarde:

14:00 – 17:15 – Dos diálogos, e de uma Literatura Luso-Afro-Brasileira Pós-Colonial

Mesa orientada por: Inocência Mata (professora universitária, estudiosa de literaturas africanas)

14:00-14:30 – Eduardo Agualusa

14:30 – 15:00 – Margarida Paredes

15:00 – 15:15 – Coffee Break

15:15 – 15:45 – Miguel Gullander

15:45 – 16:15 – Ana Paula Tavares (participação especial da poetisa)

16:30-17:15 – Reflexão Final por Francisco José Viegas (keynote-speaker)

A das Artes
livros discos artes plásticas
Bluemel, Lda

Homenagem a 5 pessoas comuns + 1 papagaio

Texto publicado num blog e outro blog e ainda noutro fórum..., mas é aqui o lugar dele.


Luanda além de ser morfologicamente bonita, fotogenicamente bela, tem história, tem cheiro, tem contrastes, tem sentimento, tem sangue nas veias, é o ortocentro de África... e é essencial que contenha a minha infância e adolescência, para que se converta numa expressão matemática Verdadeira, traduzida nos eixos xis e ipsilone dos meus afectos, através de uma curva parabólica que supostamente deveria limitar um oceano, mas que afinal se circunscreve apenas no eixo z. Complicado?... afinal a terra é redonda!...


é o cordão umbilical a gritar mais alto!

...são as corridas de criança por entre os mangais,

...é a flor de acácia no cabelo,

...é a pesca à linha na Restinga,

...é o churrasco no Kuanza,

...são os meninos do Panguila,

...é o preto Jerónimo (1),

...são os mergulhos na Barracuda,

...é a turma da Vila Alice,

...é a esplanada do Mónaco,

...é o gelado na SAPU,

...é o lanche na Versailles,

...é a onda inesquecível do pessoal da rádio,

...é o merengue mornamente dançado,

...é a musica da Bonzão,

...é a desatada da sangria,

...são os westerns do Kipaka,

...são as estreias do Império,

...é a Fuentovejuna no Avenida,

...é o figo da índia da Eugénio de Castro,

...são as apaixonites da Combatentes,

...é o beijo no Miramar,

...são as meninas LGL nas suas minis,

...é o abandonar do soutien,

...é a idade das escolhas e da politização,

...é o poster do Che,

...são as novidades vindas de Paris,

...é a Alliance Française,

...são os carrinhos de rolamentos,

...é a rampa das Ingombotas,

...são as idas ao fardex da Casa Branca,

...é a matacanha no dedão,

...é a subida ao coqueiro,

...são os livros proibidos,

...é o Carnaval na marginal,

...são as esperas no aeroporto,

...é o aroma forte de fuel de avião,

...é o jogo do abafa,

...Oi JACARÉ, JACARÉ

...é o néon da Tamar,

...é o rock dançado na Adão,

...são os autógrafos na Tara,

...é o imaginário do BO,

...é o observatório da Mulemba,

...é a colega Vandunem,

...é o aterrar constante dos helicópteros

...é o hospital militar,

...são as loiras do Punta del Paso,

...são as calças com boca de sino,

...é o missionário italiano,

...são as queimadas de capim,

...são as visitas a Massangano,

...é a estrada de Catete,

...é o cheiro do Cacuaco,

...é a Dodge estacionada,

...é a gincana do 9 de Junho,

...é uma osga no tecto,

...é o camaleão na parede,

...é adrenlina em cima de um Buggy,

...são as BDs em 2ª mão,

...é a dança do Jacob (2),

...é o prego do Majestic,

...é a rebita na cubata do Gasolina,

...éhh bananéeee, bananéeee!!!!

...é a muamba do fundo de quintal,

...é a conversa com Segunda Jamba (3),

...é o misturar de areia e cimento numa obra qualquer,

...é o esticar do aço no Kikolo,

...é a moagem da farinha,

...é o desconfiar que nem tudo corre bem,

...é o despertar da justiça social,

...são os Vampiros proibitivamente escutados,

...é o sapato mata barata ao canto,

...é o arame farpado do Grafanil,

...é o desfilar da quitandeira,

...é o adorno de missanga,

...é o cigarro fumado para dentro,

...são os temperos de Beatriz(4),

...é a buganvília laranja,

...é a girafa embalsamada do museu,

...são os aceleras na rotunda da alameda,

...é a saída das traineiras,

...são os snipes na baía,

...são os calcinhas de Luanda,

...é a Sra. da Muxima,

...é a formiga salalé,

...é a terra vermelha na sapatilha,

...é a lixeira a céu aberto,

...são as cascas de banana no chão do porto,

...é o sinaleiro da Mutamba,

...é o suor da 1 hora da tarde,

...é o magro salário de Gingolita(5),

...é o prédio azul da Cuca,

...é o poeta visitado na cadeia,

...é o jogo da bola sobre a areia,

...é o cacimbo de Agosto,

...é o espreitar de uma varanda,

... o despertar da puberdade,

...é o "je t'aime moi, non plus",

...é o óleo de dendém,

...são as montanhas de laranjas,

...são as fotos de Catalacassala,

...é a água do Bengo,

...são as enxurradas nas Barrocas,

...é a conversa mole de Conceição(6),

...é trepar a um coqueiro,

...é a alforreca da Corimba,

...é a caldeirada ao domingo,

...é a sombra dum cajueiro,

...é chupar cana no mercado de S. Paulo,

...são as makas do bairro Prenda,

...é o sangue negro igualmente vermelho,

...é a goma do kiabo,

...é a casca da ginguba,

...é gindungo na vez do sal,

....é o amor de coração aberto,

....é o tempo que não volta nunca e por isso me atrevo a localizá-lo numa cidade bela.


Depois há aquele ditado: quem feio ama, bonito lhe parece!

Serão os sentidos que procedem às escolhas?

O registo saudosista pode entorpecer a mente.

.....acabo o chá, que já esfriou!

...afinal, todas as cidades são bonitas pois inscrevo nelas o melhor de mim.


(1) Jerónimo - preto de Luanda, limpador de escadas dos prédios dos brancos, sempre atencioso para as crianças


2) Jacob - ilustre papagaio, verdadeiro multiplicador de sons, autor de diversas zaragatas animais no bairro Salazar.

(3) Segunda Jamba - preto bailundo de pés duros, calejados, esclarecido politicamente, consciente do seu desempenho proletário, e que primeiro (precocemente, talvez) me fez reflectir sobre as assimetrias sociais.

(4) Beatriz - preta quase cega, sem idade definida, óptima a cozinhar e dona de um lindo sorriso, mesmo que desnudado de dentes.

(5) Gingolita - operário de sol a sol, descendente de escravos embarcados para o Brasil, timidamente honesto, humildemente trabalhador fabril.

(6) Conceição - o preto mais malandro de Luanda, gingão, homem de muitas mulheres e de múltiplas dívidas.


Anabela Quelhas


Pensar e Falar Angola

Exposição de Pintura




Uma exposição de pintura intitulada “A estética exegética” do artista plástico Matondo Alberto será inaugurada no dia 25 de Janeiro, na galeria "De Maio", na União Nacional dos Artistas Plásticos (Unap), em Luanda.


A amostra estará patente ao público até 19 de Fevereiro e realiza-se, em alusão ao 08 e 25 de Janeiro, Dias da Cultura Nacional e da Fundação da cidade de Luanda, respectivamente.


As obras, executadas nas técnicas de acrílico e óleo sobre tela, abordam aspectos do quotidiano angolano, como vendedoras, bailarinas, paisagens, musseques, realçando-se igualmente a importância da água para a vida humana.


O filósofo e historiador de arte, Patrício Batsíkama, no prefácio que fez para a exposição, refere que Matondo Alberto tenta mostrar que a espoliação de Angola não foi apenas a exploração do homem pelo homem, mas também a pilhagem das matérias primas e o desvio das verdades inacabadas. "A linguagem pictural do pintor reflecte ainda a criação das infra-estruturas sólidas e duradouras duma angolanidade onde bantu e não bantu intervenham pela coesa irmandade", referiu.


Nascido em 30 de Dezembro de 1947 na província do Uíge, Matondo Alberto, autor de várias exposições individuais e colectivas, é membro da Unap.
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domingo, 20 de janeiro de 2008

JORGE ANTÓNIO

Nasce em Lisboa a 8 de Junho de 1966.
Durante os estudos secundários inicia uma actividade cineclubista e realiza uma dezena de filmes amadores em suporte 8mm e Super 8.
Em 1985 ingressa na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, que termina em 1988, especializando-se na área de Produção. Desde então está ligado ao cinema e audiovisuais, tendo colaborado com Paulo Branco, Atalanta Filmes, Cunha Teles, Shots, Arca-Filme, Latina-Europa, Fundação Gulbenkian, Instituto Camões, Rosa Filmes, Cinemate, LxFilmes, entre outros portugueses e estrangeiros.
Fomenta e colabora na edição de livros e revistas tais como: Revista de Cinema, Cinema em Português, Cartazes de Cinema, Cadernos de Cinema, Cinema em Angola, Dicionário Temático da Lusofonia, Cena Lusófona, Boletim IACAM, entre outros.
Em 1991 inicia-se na realização de cinema com a curta-metragem, O Funeral.
Em 1993 realiza a longa-metragem e primeira co-produção luso-angolana, O Miradouro da Lua. É desde esse ano o realizador estrangeiro com maior filmografia em Angola. Co-produziu e produz entre os dois países os seguintes filmes: Uma Frase Qualquer (1996), Outras Frases (2003), Angola - Histórias da Música Popular (2005), Kuduro - Fogo na Museke (2007), O Lendário "Tio Liceu" e os Ngola Ritmos (2008) e A Dança dos Akixi (2008).
É, também, desde 1995, o Produtor Executivo da Companhia de Dança Contemporânea de Angola, organizando e produzindo workshops, espectáculos e digressões em países como Angola, Portugal, Polónia, Índia, Gabão, Camarões, Congo entre outros.
Foi membro do júri ICAM no Concurso Selectivo às Co-Produções em 2004, membro do júri ICAM no Concurso Selectivo a Co-Produções com países dos Palop's em 2004, membro do júri oficial do Festival Caminhos do Cinema Português em 2006, membro do júri ICAM no Concurso Festivais de Cinema 2006.
Actualmente vive e trabalha em Lisboa e Luanda e é desde Janeiro de 2007 consultor para os assuntos internacionais do Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia.



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CAN 2008: saiba os horários e onde pode ver os jogos

A cerimónia de abertura da Taça das Nações Africanas está marcada para sábado, mas o jogo inaugural realiza-se apenas no domingo, em Accra, capital do Gana. Os anfitriões abrem o torneio com a Guiné-Conacri, que pode ser uma das surpresas do torneio.
O primeiro jogo grande esta marcado para o dia seguinte, segunda-feira, quando Nigéria e Costa do Marfim se defrontarem. Na terça-feira, o campeão Egipto defronta outro gigante do continente, os Camarões. Quanto a Angola, é a última a entrar em campo, a par da África do Sul, que defronta dia 23.
Os jogos serão todos transmitidos pela Eurosport.
Calendário
Grupo A: Gana, Guiné-Conacri, Marrocos e Namíbia
Local: Accra e Sekondi
20/01/08: Gana-Guiné-Conacri, Accra, 17h00
21/01/08: Namíbia-Marrocos, Accra, 15h00
24/01/08: Guiné-Conacri-Marrocos, Accra, 17h00
24/01/08: Gana-Namíbia, Accra, 19h30
28/01/08: Gana-Marrocos, Accra, 17h00
28/01/08: Guiné-Conacri-Namibia, Sekondi, 17h00
Grupo B: Nigéria, Costa do Marfim, Mali e Benim
Local: Sekondi e Accra
21/01/08: Nigéria-Costa do Marfim, Sekondi, 17h00
21/01/08: Mali-Benim, Sekondi, 19h30
25/01/08: Costa do Marfim-Benim, Sekondi, 17h00
25/01/08: Nigéria-Mali, Sekondi, 19h30
29/01/08: Nigéria-Benim, Sekondi, 17h00
29/01/08: Costa do Marfim-Mali, Accra, 17h00
Grupo C: Egipto, Camarões, Zâmbia e Sudão
Local: Kumasi e Tamale
22/01/08: Egipto-Camarões, Kumasi, 17h00
22/01/08: Sudão-Zâmbia, Kumasi, 19h30
26/01/08: Camarões-Zâmbia, Kumasi, 17h00
26/01/08: Egipto-Sudão, Kumasi, 19h30
30/01/08: Egipto-Zâmbia, Kumasi, 17h00
30/01/08: Camarões-Sudão, Tamale, 17h00
Grupo D: Tunísia, Senegal, África do Sul e Angola
Local: Tamale e Kumasi
23/01/08: Tunísia-Senegal, Tamale, 17h00
23/01/08: África do Sul-Angola, Tamale, 19h30
27/01/08: Senegal-Angola, Tamale, 17h00
27/01/08: Tunísia-África do Sul, Tamale, 19h30
31/01/08: Tunísia-Angola, Tamale, 17h00
31/01/08: Senegal-África do Sul, Kumasi, 17h00

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